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Bancários paralisam Centro Tecnológico do Itaú em protesto contra demissões em massa

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 29 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de set.

Demissões que atingiram mais de 1.175 trabalhadores em setembro; sindicatos exigem negociação e readmissão dos funcionários desligados


Bancários e bancárias realizaram nesta segunda-feira, 29, uma paralisação no Centro Tecnológico do Itaú-Unibanco em protesto contra as demissões em massa promovidas pelo banco no início do mês. O movimento é parte de uma mobilização nacional que se intensificou após o banco desligar mais de mil funcionários em 8 de setembro.


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A paralisação ocorre três semanas após a onda de demissões que atingiu 1.175 trabalhadores em todo o país. O número representa um dos maiores cortes de pessoal da história recente da instituição financeira, gerando revolta, medo e adoecimento na categoria bancária.


"Os funcionários que estão trabalhando hoje, seja presencialmente ou em home office, estão sofrendo. Eles estão sofrendo assédio moral porque agora têm medo de sair da tela, têm medo de parar de clicar, com receio de serem os próximos a ser demitidos", destacou Rogério Sampaio - o 'Rogerinho', diretor do sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e do Coletivo Bancários na Luta, que também é funcionário do Centro Tecnológico do Itaú-Unibanco.


Mobilização nacional ganha força

O protesto desta segunda-feira segue a linha de manifestações que começaram logo após as demissões. Na última quarta-feira (24/09), bancários já haviam realizado um ato em frente ao prédio do Itaú BBA na Avenida Faria Lima, denunciando o que classificam como "demissões injustificadas e desumanas".


O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, junto com a Federação e a Confederação da categoria, exigem negociação imediata com a direção do banco. Entre as reivindicações estão a readmissão dos funcionários demitidos e o estabelecimento de critérios mais respeitosos para futuras reestruturações.



Casos que chocaram a categoria

Os relatos que emergiram desde as demissões revelam histórias que sensibilizaram os trabalhadores. Entre os desligados estavam funcionários com décadas de casa, incluindo um bancário com 25 anos de serviço que foi demitido enquanto acompanhava a filha em tratamento contra depressão, e uma advogada com 17 anos de empresa, considerada funcionária exemplar.


As demissões não pouparam nem mesmo trabalhadores em tratamento médico, pessoas com deficiência ou funcionários que cumpriam metas e recebiam elogios das chefias. Segundo o dirigente sindical do Coletivo Bancários na Luta, Manoel Elídio Rosas, esses casos demonstram que "ninguém está a salvo" se os trabalhadores não se organizarem coletivamente.


Lucros recordes contrastam com cortes

O movimento ganha ainda mais força diante dos resultados financeiros do Itaú. O banco registrou lucro de R$ 22 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, o que torna as demissões ainda mais questionáveis na visão dos sindicalistas.


A paralisação desta segunda-feira marca um novo capítulo na resistência dos bancários, que prometem manter a pressão até que suas demandas sejam atendidas. O movimento representa não apenas uma reação às demissões recentes, mas também uma defesa de direitos conquistados ao longo de décadas de luta da categoria bancária.

1 comentário


Maurício Silva
Maurício Silva
29 de set.

Realmente os funcionários merecem respeito e serem tratados com dignidade, lamentável Itaú.

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