Bancários do Itaú se levantam contra demissões em massa na Faria Lima
- Redação

- 24 de set.
- 3 min de leitura
Paralisação no prédio do Itaú BBA na Faria Lima denuncia demissões arbitrárias, incluindo trabalhadores doentes e pessoas com deficiência
Demissões injustificáveis e luta coletiva na Faria Lima
No dia 08 de setembro de 2025, o Itaú-Unibanco promoveu uma onda de demissões que atingiu 1.121 trabalhadores e trabalhadoras em todo o país. A resposta veio rápida com uma jornada nacional de luta contra as demissões. Nesta quarta-feira (24/09/2025) foi a vez de denunciar as demissões injustificadas no prédio do Itaú BBA, localizado na Avenida Faria Lima, 3.500, em São Paulo, o Sindicato dos Bancários mobilizou e levou a luta para a porta do banco. A atividade teve como objetivo denunciar os cortes brutais, exigir respeito aos direitos dos bancários e mobilizar a categoria.

As demissões não pouparam nem mesmo trabalhadores com histórico exemplar, nem pessoas adoecidas ou com deficiência. Entre os desligados, havia funcionários com décadas de serviço, bancários em tratamento contra o câncer e profissionais acompanhando familiares com doenças graves. Mesmo cumprindo metas e sendo elogiados pelas chefias, muitos foram dispensados de forma fria e desumana.
Histórias de dor e indignação
Durante o ato, o dirigente sindical Manoel Elídio Rosas denunciou o drama de um bancário com 25 anos de casa, que, mesmo tendo atingido todas as metas, foi demitido enquanto acompanhava a filha em um quadro grave de depressão. A chefia havia garantido estabilidade e compreensão, mas a promessa não foi cumprida. Outro caso marcante é o de uma advogada com 17 anos de serviço, considerada funcionária exemplar, que foi sumariamente desligada sem qualquer explicação plausível.
Esses relatos demonstram que nenhuma pessoa está a salvo. Não importa se você é analista, gerente ou supervisor: se estivermos isolados, todos estamos vulneráveis. É somente por meio da unidade, da mobilização e da solidariedade que conseguiremos barrar esse projeto de destruição de direitos.
Banco lucra bilhões, mas demite
Mesmo após anunciar um lucro de R$ 22 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, o Itaú opta por cortar empregos e destruir vidas. Para tentar limpar sua imagem após as demissões, o banco pagou influenciadores e veículos da grande mídia para atacar os próprios trabalhadores, espalhando mentiras e tentando jogar a opinião pública contra quem perdeu o emprego.
Enquanto o banco investe em propaganda, os bancários lutam por dignidade. O prédio bilionário da Faria Lima não alimenta ninguém. É o trabalho que sustenta as famílias. E é o trabalho coletivo que pode garantir nossos direitos.
A força da nossa história está na organização
Neste ano, completamos 40 anos da greve de 1985, que conquistou o contrato nacional dos bancários. Foi essa luta que garantiu benefícios como o vale-alimentação, jornadas mais humanas e condições de trabalho dignas. Foi com mobilização que nos tornamos a primeira categoria a conquistar direitos que hoje estão sob ataque.
Por isso, às bancárias e aos bancários da Faria Lima, da Paulista, da Zona Leste, da Zona Sul e de todo o país: ninguém está imune ao tacão do banco se estiver sozinho.
O futuro depende da nossa luta coletiva
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e o Coletivo Bancários na Luta seguem firmes na defesa dos direitos da categoria. Não aceitaremos demissões injustas, perseguições nem o silenciamento de quem denuncia abusos.
É hora de se organizar, de fortalecer o sindicato, de participar das mobilizações.

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