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Trabalhadores ocupam Avenida Paulista contra juros altos e criticam atuação do Banco Central

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 17 de jun.
  • 2 min de leitura

Ato convocado por centrais sindicais reuniu diversas categorias na frente da sede do Banco Central durante reunião do Copom


São Paulo, 17 de junho de 2025 — Com bandeiras erguidas e palavras de ordem contra a política de juros do Banco Central, centrais sindicais realizaram nesta terça-feira o "Ato Contra os Juros Altos" em frente à sede do BC na Avenida Paulista. A manifestação ocorreu simultaneamente à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.


Manuel Elídio Rosa (Mané Gabeira) discursa no Ato contra as altas taxas de juros na Av. Paulista em São Paulo.
Manoel Elídio Rosa (Mané Gabeira) discursa no Ato contra as altas taxas de juros na Av. Paulista em São Paulo.

Diversas categorias profissionais marcaram presença no protesto, com destaque para a participação dos bancários e da Intersindical, entre outras centrais sindicais. A principal reivindicação foi a imediata redução das taxas de juros, atualmente a terceira maior taxa de juros reais do mundo, o que prejudica o povo trabalhador e o desenvolvimento do país.



Em uma fala marcante, Manoel Elidio Rosa, conhecido como Mané Gabeira, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, criticou duramente a direção do Banco Central e o presidente da instituição, Gabriel Galípolo:

“Nós não vamos abrir mão do nosso sonho de um país mais justo, com educação, saúde, segurança e aposentadoria. Apesar do sistema financeiro. Apesar do doutor Gabriel Galípolo”, afirmou o dirigente.

Gabeira também criticou declarações recentes de Galípolo à imprensa, nas quais o economista teria defendido a subordinação da sociedade à economia:

“Doutor Gabriel Galípolo, o senhor estudou com o doutor Beluzzo, que sempre defendeu que a economia tem que se submeter à sociedade, à política. E é por isso que elegemos o presidente Lula.”

O dirigente também denunciou a relação promíscua entre o setor financeiro e a alta direção do Banco Central, citando o caso de Roberto Campos Neto, que deixou a presidência do BC para assumir a vice-presidência do banco Santander:

“Não dá para um presidente do Banco Central assumir um cargo e seis meses depois virar vice-presidente de um grande banco. Isso é imoral.”

O ato desta terça-feira reforça a pressão dos trabalhadores organizados por uma nova orientação econômica no país, centrada nos interesses da maioria da população. A mobilização sindical continua sendo uma ferramenta essencial para enfrentar as consequências da política monetária atual e afirmar que o Brasil precisa de mais emprego, renda e dignidade.


Assista na íntegra a fala de Manoel Elidio Rosa no ato.

Vídeo mostra na íntegra a fala de Mané Gabeira no Ato contra os Juros Altos.

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