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Fascismo, dependência e soberania: por um novo projeto de nação

  • Foto do escritor: Manoel Elídio Rosa - Mané Gabeira
    Manoel Elídio Rosa - Mané Gabeira
  • 23 de mai.
  • 2 min de leitura

A Crise Estrutural do Capital e o Neoliberalismo


Por Manoel Elídio Rosa – Coordenador dos Bancários na Luta – SP


"Nós, sindicalistas, somos construtores de sonhos. E sonhar é trabalho político. Quem não sonha, não organiza. Quem não organiza, desiste."


Manoel Elídio Rosa afirma:"Nós, sindicalistas, somos construtores de sonhos. E sonhar é trabalho político. Quem não sonha, não organiza. Quem não organiza, desiste."
Manoel Elídio Rosa afirma:"Nós, sindicalistas, somos construtores de sonhos. E sonhar é trabalho político. Quem não sonha, não organiza. Quem não organiza, desiste."

No cotidiano sindical, o sonho representa a semente de um projeto político transformador. Em tempos de desesperança, é justamente a ausência de sonho que alimenta o crescimento do fascismo. Diante disso, é urgente resgatar a aspiração por uma nação soberana, industrializada e verdadeiramente democrática.


A crise do capital é estrutural e remonta ao colapso do sistema de Bretton Woods em 1973, com consequências que atravessaram décadas. A partir da queda na taxa de lucro, o capitalismo internacional impôs uma nova lógica: o neoliberalismo, com privatizações, retirada de direitos, desmonte do Estado e submissão total ao mercado. No Brasil, essa estratégia desmantelou o projeto nacional de desenvolvimento que vigorou de Vargas até os anos 1980, substituindo um crescimento robusto por um "voo de galinha" econômico e redução drástica da base industrial.


Esse modelo está profundamente conectado à hegemonia dos Estados Unidos, cuja imposição do dólar como moeda global após 1945 consolidou um sistema de dependência. Com o fim do padrão-ouro em 1971, o poder militar norte-americano passou a sustentar essa hegemonia. A elite brasileira, formada sob influência desse paradigma, passou a reproduzir seus valores, contribuindo para a ascensão de figuras como Trump e Bolsonaro – expressões contemporâneas de um fascismo articulado ao capital financeiro.


Esse fascismo não se apresenta como um programa econômico estruturado, mas como uma cruzada moral. Substitui o debate de políticas por uma retórica de confronto e exclusão, sustentada por discursos de ódio e polarização. Para enfrentá-lo, é necessário mais do que a denúncia: é imprescindível organização, formação política e construção de um novo projeto nacional.


Nesse contexto, a China surge como contraponto ao declínio do modelo imperial ocidental. Por meio de planejamento econômico, proteção de seu sistema financeiro e investimentos maciços em educação, ciência e tecnologia, o país se consolidou como potência industrial e tecnológica. A articulação com os BRICS representa uma oportunidade de reconfiguração geopolítica que contraria interesses de uma elite brasileira profundamente colonizada.


O movimento sindical tem papel central nesse enfrentamento. Defender empresas públicas como a Petrobras e os Correios é lutar pela soberania. Combater a terceirização, a reforma trabalhista e defender a reindustrialização é pensar um futuro digno para a classe trabalhadora. A luta contra o fascismo transcende o campo eleitoral: é nas ruas, nos locais de trabalho, nas redes e nos sindicatos que ela será vencida.


O Brasil possui todos os elementos para se tornar uma nação soberana e justa. Contudo, falta-lhe um projeto que una a classe trabalhadora. A construção desse projeto é urgente. O ano de 2026 será decisivo: não podemos permitir o retorno do fascismo, que destruiria o que ainda temos de direitos e soberania.


A resposta é clara: sonhar com o país que queremos, planejar a reconstrução e lutar, com coragem e clareza, por um Brasil popular, democrático e soberano.

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