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Lucros recordes, agências fechadas: a contradição dos bancos no Brasil

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura

O país dos juros mais altos e dos lucros bancários astronômicos


Enquanto o povo brasileiro sofre para conseguir crédito, financiar uma casa ou comprar um carro, os grandes bancos seguem registrando lucros bilionários. O Brasil tem hoje a segunda maior taxa de juros do mundo. Aqui, os bancos cobram juros abusivos que impedem a população de ter acesso ao crédito e concentram cada vez mais a renda.


Mesmo nesse cenário de lucratividade recorde, as instituições financeiras seguem com uma política agressiva de fechamento de agências, demissão de funcionários e precarização do atendimento. Uma equação perversa que transfere o peso do lucro para as costas de quem trabalha e de quem depende dos serviços bancários.


Sérgio Augusto Sobrinho, Maurício Edelcio da Silva e Vera Marchioni do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região fazem ato na Agência do Santander da Vila Nova Cachoerinha em São Paulo neste dia 27 de junho de 2025.
Sérgio Augusto Sobrinho, Maurício Edelcio da Silva e Vera Marchioni do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região fazem ato na Agência do Santander da Vila Nova Cachoerinha em São Paulo neste dia 27 de junho de 2025.

Quem paga a conta? Trabalhadores demitidos e clientes desassistidos


O fechamento de agências não é uma medida inofensiva. Ele representa, na prática, a perda de postos de trabalho e o aumento da sobrecarga para quem fica. Para os clientes, principalmente os mais velhos, a situação é ainda pior.


Com menos agências e sem caixas físicos, muitos são forçados a usar aplicativos e caixas eletrônicos, mesmo sem ter familiaridade com a tecnologia. Isso aumenta os riscos de golpes e fraudes, colocando em risco a segurança financeira da população mais vulnerável.


Fechamento de agências agrava exclusão digital e expõe idosos a golpes


O modelo de "banco digital para todos" é, na verdade, uma desculpa para cortar gastos e maximizar os lucros. Em muitas regiões, especialmente nas periferias, o fechamento de agências representa a negação do direito ao atendimento presencial.

Idosos, pessoas com dificuldades de acesso à internet ou com baixa alfabetização digital são empurradas para o autoatendimento e expostas à atuação de golpistas. É o lucro acima de tudo, mesmo que isso custe a dignidade de quem depende dos serviços bancários.


Denúncia em Vila Nova Cachoeirinha expõe a precarização promovida pelo Santander


No dia 27 de junho, trabalhadores e trabalhadoras se mobilizaram em frente à agencia do Santander, em Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de São Paulo, para denunciar o fechamento de agências e as demissões promovidas pelo banco. A manifestação também denunciou a prática de transferência de funcionários para outras empresas do conglomerado financeiro, o que é visto como uma forma de fraude contratual.


Essa mobilização é parte de uma série de ações para cobrar transparência dos bancos e defender o emprego dos bancários. Não aceitaremos que, em nome de um lucro já exorbitante, continuem desmontando o atendimento bancário e atacando os direitos dos trabalhadores.


É hora de reagir


Fechamento de agências, demissões em massa, juros abusivos e atendimento precarizado são parte de uma mesma estratégia: concentrar ainda mais a riqueza nas mãos de poucos.

É papel de todos e todas denunciar, se mobilizar e exigir uma política bancária que respeite trabalhadores, clientes e a sociedade brasileira.

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