Fechamento de agências do Itaú penaliza idosos e trabalhadores na periferia de São Paulo
- Redação

- 10 de jun.
- 2 min de leitura
Sindicato dos Bancários denuncia desmonte do atendimento presencial e impactos para idosos e clientes de baixa renda.
Na manhã desta segunda-feira, 10 de junho, dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizaram uma importante atividade na porta da agência Zumkeller do banco Itaú, localizada na zona norte da capital paulista. O motivo foi o anúncio de fechamento da unidade, parte de uma política nacional de encerramento sistemático de agências bancárias.

Vera Marchioni, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, declarou:
“Quando uma agência é fechada, o cliente é obrigado a ir para o atendimento eletrônico, mesmo que não saiba com utilizar o aplicativo. Os clientes da terceira idade acabam sofrendo golpes porque, boa parte, não sabem usar essas tecnologias."
O fechamento da agência obrigaria muitos clientes a se deslocarem até outras regiões, arcando com custos adicionais. "Uma cliente relatou que precisa pegar Uber para ser atendida, porque não tem agências mais perto da casa dela. E ela tem dificuldade para se locomover, não consegue pegar ônibus", relatou Vera.

Para o sindicato, o desmonte do atendimento presencial tem motivações claras: aumento da lucratividade. Ao fechar uma agência, o banco deixa de pagar aluguel, contas de energia, água, segurança e demite funcionários. Tudo isso em nome da "eficiência" que gera lucros bilionários ano após ano.
"Não é um problema localizado. É uma política nacional. Os bancos querem reduzir custos a qualquer preço. E quem paga essa conta é a população mais vulnerável, como idosos e clientes de baixa renda, considerados 'menos lucrativos' pelo banco", denunciou Vera Marchioni.
A mobilização busca pressionar o Itaú a rever sua decisão e garantir que o atendimento presencial seja mantido como um direito da população. É inadmissível que, em nome do lucro, bancos deixem de cumprir sua função social e empurrem seus clientes para um atendimento digital excludente e inseguro.

O Sindicato dos Bancários segue atento e atuante na defesa dos direitos da categoria e da população. O fechamento de agências não é um caminho inevitável, é uma escolha. E escolhas podem - e devem - ser contestadas e transformadas com luta coletiva.

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