3 de Dezembro: A Luta por Inclusão no Trabalho
- Redação

- 3 de dez.
- 2 min de leitura
3 de dezembro marca o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, uma data instituída pela ONU para promover a conscientização, o respeito e os direitos das pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida social. Neste dia, reafirmamos a importância da luta por uma sociedade verdadeiramente inclusiva — especialmente no mundo do trabalho.
Por uma inclusão real no sistema financeiro
No setor bancário, trabalhadores com deficiência ainda enfrentam barreiras invisíveis e estruturas capacitistas que limitam sua autonomia, participação e crescimento profissional.
Falta de acessibilidade física e digital, metas desumanas, despreparo das lideranças e assédio são apenas alguns dos desafios vividos por bancárias e bancários com deficiência.
Segundo a ONU, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo têm algum tipo de deficiência, e 80% vivem em países em desenvolvimento. No Brasil, dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania mostram que pessoas com deficiência têm menor acesso à educação e ao mercado de trabalho — realidade que se reflete também nas instituições financeiras.
Novo símbolo, nova mentalidade
O símbolo internacional de acessibilidade, adotado pela ONU em 2015, substitui o antigo ícone da cadeira de rodas. O novo símbolo representa a diversidade das deficiências físicas, sensoriais, intelectuais e mentais, transmitindo os valores de inclusão, liberdade de movimento e equidade.

Essa mudança é mais do que visual: é uma mudança de perspectiva. A deficiência não deve ser vista como limitação individual, mas como um desafio coletivo que exige transformação social. Não basta colocar rampas ou cotas — é preciso garantir condições reais de participação plena.
Bancos precisam ir além do discurso
No ambiente bancário, a inclusão não pode ser apenas institucional. É preciso cobrar:
Adequações estruturais e tecnológicas acessíveis;
Respeito às particularidades dos trabalhadores com deficiência;
Formação contínua das equipes para o combate ao capacitismo;
Fim da exclusão velada, que impede a ascensão profissional dessas pessoas.
"A luta é por um setor financeiro mais humano, justo e igualitário, onde todas as pessoas — com ou sem deficiência — possam se desenvolver profissionalmente com dignidade." afirma Luiz Carlos, dirigente sindical da Intersindical e do coletivo Bancários na Luta.
O papel dos sindicatos e da categoria
Os sindicatos têm papel fundamental na denúncia das práticas discriminatórias, na promoção da acessibilidade e na formulação de políticas de inclusão nos acordos coletivos. A categoria bancária, historicamente organizada, precisa incorporar essa pauta como prioridade, fortalecendo o coletivo e combatendo todas as formas de exclusão.
Vamos construir juntos um ambiente bancário sem barreiras!
Neste 3 de dezembro, que a luta das pessoas com deficiência nos inspire a transformar o mundo do trabalho, enfrentando o capacitismo e garantindo a igualdade de oportunidades para todas e todos.

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Os bancos precisam contratar e valorizar os trabalhadores e trabalhadoras PCD.